Fundador e Presidente da Direção entre 1951 e 1952

Nasce na Covilhã a 15 de Setembro de 1902, muito novo, vai para Moimenta da Serra, no concelho de Gouveia. Filho de industriais dos Lanificios que se fixaram naquela localidade. Passou o resto da sua infância e adolescência nesta freguesia do concelho de Gouveia, iniciando um gosto e um amor pelo concelho que o viu crescer. Ao atingir a maioridade vai para Lisboa, torna-se jurista e uma das pessoas mais influentes nos corredores da política. Essa influência, vai ser preciosa na concretização da implementação da Escola Industrial de Gouveia.

É das suas mãos que saiem os estatutos desta associação regionalista, votados e aprovados a 21 de Janeiro de 1951. Ele torna-se o primeiro presidente da Direcção, iniciando assim a vida desta Casa. Para além de fundador e presidente da Direcção, assumiu ainda funções de vogal, presidente do Conselho Regional, tendo em algumas circunstâncias assumido a presidência da Mesa da Assembleia Geral. Foi ainda vice-presidente da Casa da Covilhã, associação regionalista, também ela com sede em Lisboa.

Por entre tantas «causas» que trouxe a «lume» , enquanto regionalista, duas com bastante audácia. A primeira na defesa da região demarcada do vinho do Dão, ficou célebre com o artigo ” O Vinho – rico alimento e grande remédio”. A segunda, foi a constante luta contra a existência de fontes de chafurdo na Serra da Estrela. Tema que levou ao V Congresso Beirão, em 1965. 

Foi homenageado por duas ocasiões pela Casa do Concelho de Gouveia, a primeira, ainda em vida, no ano de 1956. Doze anos mais tarde, e um ano após a sua morte, o jurista seria novamente alvo de homenagem por parte da instituição que ajudou a nascer. Presidiu à homenagem Dr.º Pedro Botto Machado, acompanhado por Dr.º Armando dos Santos Carvalho, também este fundador da casa regional e dirigente.

Faleceu a 15 de Fevereiro de 1967 em Moimenta da Serra. Deu o seu nome a uma das principais avenidas da localidade de Vinhó, concelho de Gouveia.